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A Jornada da Segurança

  • Foto do escritor: Eduardo Machado Homem
    Eduardo Machado Homem
  • há 58 minutos
  • 2 min de leitura

Dois lutadores em um ring, um representando BBS e outro HOP.

Muitas empresas operam em um nível reativo ou dependente de cultura de segurança e isso não é um demérito ou defeito da organização ou das pessoas que nela trabalham.


Pensar diferente disso seria o mesmo que ignorar o primeiro princípio do HOP e uma verdade humana absoluta: pessoa erram.


Na realidade, o verdadeiro valor daquilo que fazemos em prol da integridade física das pessoas e da saúde mental de todos se fortalece no nível de cultura generativa, pois é neste momento que a segurança se torna um valor intrínseco ao negócio e impulsionado pelo aprendizado contínuo; ou melhoria contínua, como preferir.


A maturidade da Cultura de Segurança definida pela metodologia Hearts and Minds é um espelho daquilo que a organização realiza todo o dia e não está dissociada das verdades e crenças que seus gestores e líderes acreditam e praticam. Ou seja, por mais que se fale sobre segurança, a cultura é medida por aquilo que se faz. Não que o discurso não seja importante, pois é e muito. A questão relacionada ao discurso está no fato de que para estabelecer um discurso sobre segurança de uma maneira que pareça madura demanda baixo comprometimento, de verdade. E num ambiente de baixa maturidade, em que o discurso vale tanto, a segurança psicológica não está presente para suportar o questionamento das ações equivocadas apesar do discurso afinado.


E é por isso tudo que a evolução da segurança não é uma linha reta, mas uma transformação cultural que exige liderança e intenção.


O salto mais difícil de maturidade está quando a liderança percebe, verdadeiramente, que precisa construir segurança psicológica, ou seja, construir um ambiente de confiança onde as pessoas se sentem seguras para falar, discordar e relatar vulnerabilidades sem medo de retaliação, humilhação, punição ou demissão. A evolução positiva da cultura de segurança virá através do aprendizado organizacional, na mesma medida em que o princípio do HOP diz que o aprendizado é fundamental. E este aprendizado só acontece através da segurança psicológica.


É importante que as pessoas não se machuquem, mas o objetivo não deve ser apenas ter menos acidentes, mas aumentar a capacidade de adaptação e resiliência da organização em gerir riscos. A segurança baseada em comportamento também é sobre esta ideia e nunca foi uma negação dela. Uma coisa é a aplicação equivocada da filosofia de segurança baseada em comportamento, outra coisa é a filosofia do BBS em si.


A jornada da segurança para mover-se na curva de maturidade da cultura de segurança significa adotar a mentalidade de que a segurança é uma jornada de aprendizado, e não um destino de conformidade.

 
 
 

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