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O DDS QUASE PERFEITO

Foto do escritor: Eduardo Machado HomemEduardo Machado Homem


Esses dias eu me lembrei de uma situação que passei em um DDS.


Um gerente de produção me chamou para participar do DDS que ele faria com um dos turnos da área dele. Críticas à parte, era um dos profissionais com melhor postura para a gestão de SSMA que eu já conheci e, não por coincidência, sua área tinha o melhor desempenho em termos de taxas de acidentes e aderência aos padrões e regras.


Ele fez um DDS muito bom! Cumprimentou a equipe, falou da importância que a integridade física e mental dos empregados tinha para ele, destacou riscos da área e orientou como não se expor, além de deixar claro que a recusa de tarefa era uma atitude esperada por ele caso a equipe enfrentasse alguma dificuldade que não conseguisse lidar de forma segura. Antes de terminar, pediu a opinião daqueles que estavam no DDS sobre alguns assuntos relacionados à segurança da área, assumir alguns compromissos e deixou outros com a equipe.


No entanto, ele fez um último comentário que pode ter matado todo o DDS. Ele disse algo assim: “O DDS termina aqui e eu quero lembrar que estamos recebendo um lote de produto devolvido do cliente que precisamos retrabalhar para embarcar de volta antes de terminar o turno”.

Com certeza, toda a mensagem do DDS foi apagada e o que ficou na mente das pessoas foi a necessidade de embarcar aquele lote de produtos antes de terminar o turno.


Não é preciso ensinar o vigário a rezar, ou seja, os empregados estão ali para produzir e entregar resultados até o fim do turno. Isso está no sangue. O esforço necessário é o de estabelecer padrões que sempre reforcem o trabalho correto – trabalho seguro.


Não o corrigi na hora porque não poderia questionar sua liderança na frente do grupo, mas quando nos afastamos, fiz questão de dar o feedback. Disse que o DDS tinha sido perfeito, mas que o comentário ao final era desnecessário. Ele não era o melhor gestor de área por nada. Entendeu, concordou e reconduziu a situação, reforçando a entrega dos produtos com segurança.


Um gestor como esse não é a regra, é a exceção. São difíceis de encontrar e precisam ser aliados na implementação de práticas seguras, além de servirem como referência aos demais.


Um abraço,


Eduardo Machado Homem.


 
 
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