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A inteligência que Deus lhe deu.

  • Foto do escritor: Eduardo Machado Homem
    Eduardo Machado Homem
  • 27 de out.
  • 3 min de leitura

Pintura de michelângelo de Deus e Adão

A inteligência que Deus lhe deu ou que nasceu com você é suficiente e você não precisa de mais nada. Isso pode soar um pouco estranho, mas é uma verdade importante de entender.


Muito do que envolve a filosofia HOP se baseia no conceito ou teoria de Cinefyn. Essa teoria foi criada por um profissional da IBM, no fim do século passado, que traduz o contexto em cenários simples, complicado, complexo, caótico e desordem.


No cenário simples, a causa e efeito são óbvios, com resposta única. No Complicado, requer-se especialistas e tempo para descobrir as relações de causa e efeito e as soluções.


O Complexo exige experimentação prática para novas soluções. O Caótico demanda ação rápida para estabilidade, dada a ausência de relação causa e efeito. Já na Desordem, o problema deve ser fragmentado e atribuído a um contexto específico.


Não se preocupe em entender ou se tornar um especialista nisso tudo, pois para o seu dia a dia, terá muito pouco uso. Em especial, para aquelas situações complexas e de desordem, a natureza cuidou disso para você.


O grande desafio que se coloca nestes diferentes cenários do conceito Cinefyn está, basicamente, no volume de dados com os quais você deve lidar para conseguir produzir uma solução. E este desafio está fundamentado na capacidade que o seu cérebro tem de lidar com informações.


A natureza, ao longo de milhões de anos de evolução, capacitou o ser humano para lidar com problemas simples e, no máximo, complicados. Para os cenários complexos, caóticos e de desordem, a natureza procurou desenvolver uma outra estratégia: o padrão. A natureza moldou seu cérebro para buscar padrões e tomar decisões a partir deles, ou seja, você agirá a partir do padrão de ação e resultados obtidos ao longo da sua vida e da comunidade em que se vive. E isso não é relação causa e efeito. Na maior parte das vezes isso irá funcionar, outras vezes, não. Quando não funcionar, podemos ter o acidente, por exemplo.


O conceito de cenários complexos, caóticos e de desordem fará sentido em um mundo em que a inteligência artificial se aliar com níveis computacionais de tratamento de dados. Na vida cotidiana de pessoas comuns como eu e você, dos líderes de turno, dos supervisores de equipe, nada disso fará sentido. Continuaremos decidindo e trabalhando como sempre fizemos.


Isso não quer dizer que você deve se sentar sobre os problemas e pensar:  já que não dá para fazer nada nos cenários complexos e caóticos, não vou fazer nada. Na realidade, esse pode ser um efeito colateral desastroso se você congelar na frente das quantidades infinitas de possibilidades que se apresentarem nos cenários complexos e caóticos. E pior. Saber disso pode gerar frustração, pânico e total desânimo.


O que fazer então?


A natureza já fez isso por você, mas você precisa aprender e se fortalecer. E a resposta está nas pessoas que estão ao seu redor. Cada uma tem uma origem diferente, uma meta de vida diferente, uma criação com valores diferentes, experiências pessoais e profissionais diferentes que as faz especial e únicas naquilo que elas podem contribuir. E a miscelânea de possibilidades de diferentes pessoas tornará possível uma performance extraordinária em contextos complexos e caóticos.


É preciso saber lidar com pessoas, pois cada uma tem diferentes percepções sobre uma mesma situação e tem o poder de apresentar uma solução que você nunca imaginaria. É preciso saber escutar, acolher as diferenças, admitir os erros e seus aprendizados, respeitar visões antagônicas, enfim, desenvolver relações humanas ricas.


Nós, os humanos, não somos capazes de inventar teorias e filosofias que controlem ou sejam capazes de prever ou que nos dê a capacidade de lidar com cenários complexos e caóticos. Qualquer tentativa neste sentido é insanidade.


Somente através de relações humanos conseguiremos ter sucesso no dia a dia ao se deparar com situações complexas e caóticas.

 
 
 

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