Segurança feita de forma simples é o alicerce de um ambiente de trabalho seguro
- Eduardo Machado Homem
- há 14 horas
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A segurança do trabalho feita de forma simples, em muitas vezes, exige a execução consistente, meticulosa e repetitiva de tarefas que demandam um elevado grau de concentração, esforço mental e, às vezes, uma considerável tensão física ou psicológica.
Todo e qualquer ato que requer concentração, esforço intenso e tensão é penoso, a menos que estejamos com ele habituado. Essa constatação não é meramente uma observação, mas se coloca como um pilar fundamental para a construção de uma cultura de segurança que seja eficaz, resiliente e sustentável a longo prazo. Em ambientes onde a realização de tarefas seguras é percebida como um esforço constante, desgastante ou complexo, a tendência natural é a busca por atalhos, por caminhos que demandem menos energia. E, no contexto da segurança, esses "atalhos" quase sempre levam a consequências ruins.
É neste momento que percebemos o poder transformador do hábito. Aquilo que é natural que aconteça, acontece sempre, enquanto aquilo que é hábito acontece com frequência, mas não sempre. Esta máxima nos ensina que a repetição não apenas gera familiaridade, mas também a internalização de comportamentos. Quando as práticas seguras são incorporadas ao dia a dia da equipe, de forma repetida, consistente e quase que instintiva, elas transitam de uma condição de "esforço penoso" ou de uma "obrigação imposta" para se transformarem em ações automáticas, reflexos condicionados e parte intrínseca do modo de trabalhar de cada indivíduo.
A chave para essa transformação reside na criação de um ambiente que fomente e facilite a formação desses hábitos. Treinamentos regulares e bem planejados, simulações realistas de emergência, feedbacks construtivos e imediatos e criação de procedimentos padronizados claros, acessíveis e intuitivos confeccionados com a participação ativa de todos os executores são ferramentas poderosas e indispensáveis para cultivar e enraizar esses hábitos. Em vez de lutar contra a aversão natural ao esforço, ou de impor a segurança como um peso adicional, devemos trabalhar para que o comportamento seguro se torne a norma, o padrão, algo que se faça sem a necessidade de um esforço cognitivo consciente a cada etapa.
Devemos incentivar hábitos seguros através de reforços positivos, programas de reconhecimento para aqueles que demonstram excelência em segurança e, acima de tudo, um ambiente onde o envolvimento e o engajamento com segurança sejam facilitados em todos os seus aspectos – seja por meio de investimentos em equipamentos ergonômicos e seguros, processos otimizados que minimizam a exposição a riscos, confecção de padrões ou uma liderança que cuida de pessoas.
Ao fazer da segurança um hábito arraigado e natural, você não apenas eleva os padrões de proteção da sua organização, mas também observa um aumento notável na produtividade, uma melhoria significativa na qualidade do trabalho executado e, o mais importante, um maior bem-estar geral e na satisfação da sua equipe, transformando o local de trabalho em um ambiente mais seguro e mais harmonioso.
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