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O Resgate da Atenção e a Abordagem Baseada em Riscos

Foto do escritor: Eduardo Machado HomemEduardo Machado Homem

Numa certa empresa, há um sistema de gestão de SSMA robusto, treinamentos legais são feitos conforme os requisitos estabelecidos, a equipe de SSMA está completa, existe reporte de incidentes e danos materiais, a SIPAT costuma ser um grande evento e, inclusive, já foi implementado um programa de observação e abordagem comportamental. Apesar de anos sem acidentes com afastamento, essa empresa convive com acidentes leves, mas com potencial de afastamento.

Um dia, ao caminhar entre a área de produção e o restaurante ou entre o vestiário e o ponto do ônibus fretado, um empregado tropeça em um pequeno desvio. As principais ações da investigação são campanha de comunicação de cuidados ao caminhar, eliminar todos os problemas de piso e treinamento de percepção de risco.

Em outro dia, um empregado do laboratório resvala com o braço em um béquer (vidraria de laboratório) e acaba sofrendo um leve corte no dorso da mão. A investigação resulta em ação de conscientização e o uso de luva cirúrgica no laboratório.

Durante um final de semana, outro empregado escorrega no chão molhado do banheiro, cai e rala o cotovelo. A principal ação é espalhar tapetes de borracha pelo vestiário.

Na semana seguinte, um mecânico da manutenção sofre um pequeno corte na perna ao esbarrar em uma ponta de chapa, enquanto caminhava pela oficina procurando o controle da ponte rolante. Uma das ações torna obrigatório o uso de avental de couro para os mecânicos enquanto estiverem na oficina.

Nesse mesmo dia, uma operadora de empilhadeira escorrega no último degrau quando descia do veículo e sofre uma escoriação na perna direita. A ação, dessa vez, envolve a colagem de adesivos na porta das empilhadeiras avisando sobre o método correto de descer e subir da empilhadeira.

Essas são inúmeras histórias que fazem parte da rotina de várias empresas e que, raramente, são devidamente tratadas. Em geral, ações superficiais que contingenciam causas imediatas. A razão disso não é ausência de capacidade de líderes ou da equipe de SSMA. Ferramentas que desenvolvem a percepção de riscos são quase inexistentes no mercado. Quando existem, o investimento para implementação pode ser altíssimo.

Toda ação ou ausência de ação, seja de forma pensada ou automática, é precedida por uma decisão consciente ou inconsciente. Essa decisão é definida por mecanismos cognitivos do cérebro que foram construídos ao longo de milhões de anos de evolução. Fatores racionais e emocionais associados às recompensas, perdas, frustrações e diversas outros sentimentos moldaram a construção desses mecanismos ao longo dessa evolução. Hoje, esses mecanismos podem nos salvar ou nos destruir.

Diversos cientistas já ilustraram em suas pesquisas como nos tornamos desatentos e passamos a agir de forma automática, ignorando estímulos externos e mantendo a mente ocupada com outras situações e contextos diferentes do presente.

A ferramenta MIND THE RISK resgata essa atenção através da conscientização dos riscos que são ignorados nas ações automáticas executadas. As pessoas entendem as razões de ignorarem os riscos e, através do cuidado ativo e de uma abordagem baseada em riscos, se tornam mais plenamente atentas às tarefas e seus riscos.

Um abraço,

Eduardo.


 
 
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