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Despertar o interesse para a gestão de SSMA na Era da Informação e Tecnologia.

Foto do escritor: Eduardo Machado HomemEduardo Machado Homem

Recentemente, li dois livros que recomendo a todos que se interessam pela direção que o mundo está tomando no desenvolvimento social, tecnológico e individual: SAPIENS e HOMO DEUS, ambos escritos por Yuval Noah Harari. A leitura desses livros me fez ter uma nova visão sobrer os benefícios da redução de acidentes para o trabalhador, diferente do óbvio.


O desenvolvimento como um todo não tem sentimentos, remorsos, pena ou simpatia pelas pessoas, por mais que seja feito pela mente humana e, ao mesmo tempo, esteja limitado pela mente humana. Ou seja, o desenvolvimento é completamente indiferente à nossa opinião. Isso quer dizer que o avanço ocorrerá para o benefício de muitos e para o desespero de muitos, também.


Algumas profissões que ainda persistem em nosso país, em outras nações não existem mais ou são muito raras. Talvez tenham se tornado muito caras – leia-se muito bem remuneradas e mantendo o acesso somente a pessoas muito ricas – e em outros casos, simplesmente desapareceram. Em geral, muitas dessas profissões são aquelas em que pouco grau de instrução formal é necessário. Mas não se engane ou se iluda, pois isso chegará para os profissionais de engenharia e medicina, por exemplo.


Concordo que seja uma visão um pouco perversa, mas como disse antes, o desenvolvimento não se importa com a nossa opinião. Para ser altamente relevante na sua profissão é preciso buscar novas formas de obter os mesmos objetivos e com mais efetividade, sabendo que o ambiente organizacional mudou drasticamente. Não perceber essa mudança fará com que você desperdice energia nas mesmas coisas, ao mesmo tempo em que espera resultados melhores.


Qual o impacto disso na gestão de SSMA/EHS?


A maioria dos trabalhadores, por menor grau de instrução que tenha, provavelmente tem um celular com acesso à internet. Aprendeu a lidar com esse recurso tecnológico sozinho ou, no máximo, com pequena ajuda para alguns procedimentos básicos como mandar uma mensagem ou configurar a conexão sem fio. O resto do aprendizado aconteceu por intuição, curiosidade e fomentado pelo interesse das maravilhas que o celular com acesso à internet propicia.


Esse mesmo trabalhador, atualizado com notícias mundiais e redes sociais, é tratado como uma pessoa limitada intelectualmente. Perceba que intelecto e educação formal são coisas distintas, apesar de se complementarem e se estimularem mutuamente.


A forma de estimular esse intelecto está na palma da sua mão. É preciso ser objetivo e direto, como um aplicativo de celular consegue. Desperte o mesmo interesse que esses aplicativos de rede social e mobilidade urbana despertam. Entenda o benefício que o trabalhador terá, de fato. Não tente fazer com que um benefício para você seja entendido pelo trabalhador como uma vantagem para ele. O trabalhador não é bobo.


A redução da taxa de acidentes é um benefício certo para a empresa. Para a liderança trará uma participação nos lucros mais vistosa. E qual será o benefício para o trabalhador? Não se machucar? Isso ele já tem.


Por que o trabalhador deveria obedecer a uma regra ou executar um determinado procedimento da forma como está escrito? Com certeza, esse trabalhador não leu o manual do celular nem fez um curso de acesso à internet ou configuração da rede sem fio. Ele entendeu o benefício para si e foi buscar perícia no que ele queria.


Pense no seu sistema de gestão de SSMA/EHS e na gestão de risco da organização como um celular. E imagine que todos os procedimentos e regras sejam os aplicativos. Desperte o interesse pela simplicidade, objetividade e efetividade.


Um abraço.


Eduardo Machado Homem.


Crédito da imagem.

Pinterest: instalação do primeiro computador com 5kb de memória (Weizman Institute, Israel, 1955)


 
 
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